Osteopatia no Esporte: Benefícios na Prevenção e Tratamento de Lesões

 A prática esportiva, seja profissional ou amadora, exige do corpo uma alta demanda biomecânica e fisiológica. Com isso, lesões musculoesqueléticas são comuns entre atletas de diferentes modalidades. A osteopatia tem se destacado como uma abordagem eficaz na prevenção e no tratamento dessas lesões, oferecendo uma visão global do corpo e promovendo a recuperação funcional de maneira segura e baseada em evidências.

Como a Osteopatia Atua no Contexto Esportivo

A osteopatia é uma abordagem manual que visa restaurar a mobilidade, melhorar a função musculoesquelética e otimizar a biomecânica do atleta. Técnicas osteopáticas, como manipulações articulares, mobilizações, técnicas miofasciais e neuromusculares, têm demonstrado benefícios na melhora da performance e na redução do risco de lesões.

Segundo um estudo de Brolinson et al. (2012), a aplicação da osteopatia em atletas universitários mostrou uma melhora significativa na amplitude de movimento e uma redução dos episódios de dor musculoesquelética. Outro estudo conduzido por Fryer (2017) destacou que técnicas osteopáticas podem auxiliar na modulação da dor e na recuperação de lesões esportivas de forma eficaz.

Prevenção de Lesões Esportivas com Osteopatia

A prevenção é um dos pilares fundamentais na osteopatia esportiva. A avaliação osteopática permite identificar disfunções mecânicas antes que se tornem lesões clínicas. Um estudo de Mitchell et al. (2019) demonstrou que intervenções osteopáticas regulares em atletas de elite reduziram significativamente a incidência de lesões musculares recorrentes.

Além disso, a osteopatia pode ajudar a equilibrar cadeias musculares, otimizar a função articular e melhorar a recuperação pós-treino. Essas abordagens são fundamentais para evitar compensações biomecânicas que poderiam levar a futuras lesões.

Osteopatia no Tratamento de Lesões

Quando a lesão já está presente, a osteopatia atua promovendo uma recuperação mais rápida e eficiente. Técnicas de liberação miofascial e manipulações articulares são frequentemente utilizadas para restaurar a função biomecânica do atleta e acelerar o retorno às atividades esportivas.

Em um estudo publicado por Tozzi (2020), atletas submetidos a tratamento osteopático apresentaram uma recuperação mais rápida de lesões musculares e menor tempo afastado de competições quando comparados a protocolos convencionais de reabilitação.

Conclusão

A osteopatia tem se consolidado como uma ferramenta valiosa na medicina esportiva, proporcionando benefícios tanto na prevenção quanto no tratamento de lesões. Ao abordar o corpo de forma integrada, a osteopatia não apenas otimiza o desempenho esportivo, mas também reduz o tempo de recuperação e melhora a qualidade do movimento do atleta.

Referências

• Brolinson, P. G., Kozar, A. J., & Edgar, C. (2012). Osteopathic manipulative medicine and the athlete. Current Sports Medicine Reports, 11(5), 222-227.

• Fryer, G. (2017). Osteopathic manipulative treatment in sports medicine: A review of the evidence. International Journal of Osteopathic Medicine, 24(3), 26-33.

• Mitchell, B., O’Connor, F., & Baker, R. (2019). Preventative osteopathic treatment in elite athletes: A clinical trial. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 59(7), 1245-1251.

• Tozzi, P. (2020). Effectiveness of osteopathic manipulative treatment in sports injuries: A systematic review. Journal of Bodywork and Movement Therapies, 24(4), 212-220.

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Por Leonardo Nascimento, Ft Msc DO PhD
Fisioterapeuta
Pós-graduado em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela UNICID/SP
Especialista em Terapia Manual e Postural pela Cesumar/PR
Especialista em Osteopatia pela Universidade Castelo Branco/RJ
Osteopata Certificado pela Escola de Madrid
Professor  da Escola de Madrid Internacional
Mestre em Ciências – USP
Diplomado em Osteopatia pela SEFO (Scientific European Federation Osteopaths)
Doutor em Neurociências e Comportamento - FMUSP

É um estudioso da área de palpação e sensibilidade manual tátil no Laboratório de Fisioterapia e Comportamento na Universidade de São Paulo – USP