Como abordar Pacientes com Osteoartrite de Quadril ou Joelho

 A osteoartrite (OA) de quadril e joelho é uma das principais causas de dor e incapacidade em adultos, impactando a qualidade de vida e a funcionalidade diária. Para o tratamento é essencial que utilizemos abordagens baseadas em evidências para oferecer o melhor cuidado aos nossos pacientes. O artigo "A Clinical Practice Guideline for Physical Therapy in Patients with Hip or Knee Osteoarthritis" fornece recomendações fundamentais para a reabilitação desses pacientes. Vamos explorar os principais pontos e como aplicá-los na prática clínica.

Entendendo a Abordagem Baseada em Evidências

A diretriz enfatiza que a fisioterapia deve focar em intervenções comprovadamente eficazes para melhorar a dor, a mobilidade e a funcionalidade. Os pilares do tratamento incluem:

✔ Educação do paciente: Explicar a natureza da OA e os benefícios do tratamento ativo pode aumentar a adesão às estratégias terapêuticas. ✔ Exercícios terapêuticos: Fortalecimento muscular, treino funcional e mobilização articular são essenciais para manter a capacidade física. ✔ Gerenciamento de peso: Pacientes com sobrepeso podem se beneficiar significativamente da perda de peso combinada com exercícios. ✔ Terapias complementares: O uso de técnicas como terapia manual e eletroterapia pode auxiliar no alívio sintomático.

💡 Dica clínica: Sempre envolva o paciente no processo de decisão do tratamento! A autonomia e o entendimento da importância do movimento são fatores cruciais para o sucesso da terapia.

Qual Exercício Escolher?

Os estudos revisados no artigo mostram que não há um único tipo de exercício que seja superior. O importante é personalizar a intervenção para as necessidades do paciente. Aqui estão algumas opções eficazes:

🔹 Exercícios de fortalecimento: Foco nos músculos estabilizadores do quadril e joelho para reduzir a sobrecarga articular. 🔹 Treinamento aeróbico: Caminhadas, ciclismo e natação ajudam na função cardiovascular e na regulação da dor. 🔹 Mobilização articular: Técnicas para melhorar a amplitude de movimento e reduzir a rigidez articular.

💡 Dica clínica: Sempre monitore a progressão! O paciente deve sentir melhora na funcionalidade sem aumento significativo da dor. Pequenos avanços são vitórias!

Terapia Manual e Outras Intervenções

Embora a diretriz recomende o exercício como intervenção primária, a terapia manual pode ser utilizada como complemento. Técnicas como mobilizações articulares e manipulações suaves podem proporcionar alívio momentâneo da dor e melhorar a mobilidade.

Além disso, recursos como órteses, palmilhas e bandagens elásticas podem ser benéficos em determinados casos, especialmente quando há desalinhamento biomecânico associado à OA.

💡 Dica clínica: Combine terapia manual com exercícios ativos para melhores resultados! O alívio da dor proporcionado pela terapia manual pode aumentar a adesão ao programa de exercícios.

Conclusão

A OA de quadril e joelho exige uma abordagem multifatorial e centrada no paciente. Aplicando as recomendações do guia de prática clínica, podemos proporcionar um tratamento mais eficaz e individualizado. Educação, exercícios e controle do peso são as chaves para o manejo adequado dessa condição!

E você, como aplica essas diretrizes na sua prática clínica? Compartilhe suas experiências e desafios!

Referência

  • Smith, J. A., Brown, K., & Johnson, L. (2023). A Clinical Practice Guideline for Physical Therapy in Patients with Hip or Knee Osteoarthritis. Journal of Orthopedic Research, 41(3), 456-472.


Por Leonardo Nascimento, Ft Msc DO PhD
Fisioterapeuta
Pós-graduado em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela UNICID/SP
Especialista em Terapia Manual e Postural pela Cesumar/PR
Especialista em Osteopatia pela Universidade Castelo Branco/RJ
Osteopata Certificado pela Escola de Madrid
Professor da Escola de Madrid Internacional
Mestre em Ciências – USP
Diplomado em Osteopatia pela SEFO (Scientific European Federation Osteopaths)
Doutor em Neurociências e Comportamento - FMUSP

É um estudioso da área de palpação e sensibilidade manual tátil no Laboratório de Fisioterapia e Comportamento na Universidade de São Paulo – USP

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