A virada silenciosa da terapia manual: menos geografia, mais fisiologia (e contexto).
A percepção clínica sobre terapia manual está migrando do discurso de “recolocar estruturas” para a narrativa de modular sistemas — com cérebro, expectativa e aliança terapêutica dividindo o protagonismo com a biomecânica. E isso é bom. Só não vale transformar plausibilidade em dogma. Se você atende dor cervical, a cena é familiar: mobilização passiva, reavaliação imediata, aquela sensação de “abriu”. Quando fisioterapeutas foram convidados a quantificar esse efeito, a média ficou por volta de 66% em uma escala de 0 a 100. É uma percepção moderado-alta , com variação grande — o que lembra que nem todas as respostas são iguais, nem todo contexto é o mesmo. O que mudou? Quando perguntamos “o que explica esse efeito agora?”, o velho mapa “estrutura-centrado” dá lugar a um território neuro-contextual . Os profissionais apontam o ...