Um relato de caso de Osteopatia na Fibrose Pulmonar
A fibrose
pulmonar (PF) é uma cicatrização crônica do tecido pulmonar, tornando-o mais
grosso, mais difícil e rígido, levando à má saúde pulmonar. Não há medicamentos
farmacológicos específicos para aliviar PF e com isso os tratamentos utilizados
são controle e exercícios respiratórios para manutenção das funções.
No entanto, as incapacidades pulmonares
induzidas por PF podem ser abordadas usando abordagem de tratamento manipulativo
osteopático (OMT).
Um dos pontos interessantes desse
estudo é que os autores basearam o tratamento osteopático nos princípios da
filosofia da osteopatia descrita por Still – a estrutura e a função e a auto
cura – além de relatar que os pacientes apresentavam disfunções somáticas que
justificaram a intervenção.
Na literatura científica atual, não há
literatura disponível que demonstre a eficácia do OMT em PF no departamento de
cuidados ambulatórios críticos, somente em outros problemas como tratamentos de
bebês em UTis, DPOCs e no tratamento de asma – ambos assuntos já publicamos
aqui em nosso blog.
O objetivo do presente estudo de caso
foi explorar a eficácia do tratamento manipulativo osteopático (OMT) em um paciente
com fibrosis pulmonar (PF) no departamento ambulatorial de cuidados intensivos.
Um caso masculino de 48 anos com falta
de ar, aumento da freqüência de defecação e dor em região nucal com base
pulmonar diagnosticada com PF.
O
paciente foi avaliado de acordo com a escala de dispneia do Medical Research
Council (mMRC) em todos os quatro atendimentos ambulatoriais que recebeu. Um
outro parâmetro utilizado antes e depois das intervenções foi uma outra escala
de 13 perguntas que se chama 13iSOBDA que é uma escala de desconforto respiratório.
A pontuação inicial foi de 3, que se
manteve em 3 no segundo atendimento, reduziu para 2 no terceiro e após 4
atendimentos, chegou em 1 – a escala diz que quanto menor o desconforto, menor
a pontuação.
A escala de desconforto respiratório
evoluiu de 27,2 no primeiro atendimento, foi pra 22 no segundo, 16,4 no
terceiro e 11,8 no quarto atendimento – a escala diz que quanto menor o
desconforto, menor a pontuação.
O exame osteopático revelou múltiplas
disfunções somáticas no peito e na região abdominal e tratados pelo OMT.
As técnicas OMT foram escolhidas para
sua efetividade no tratamento da disfunção pulmonar. As técnicas escolhidas foram:
liberação do diafragma, liberação sacral, liberação suboccipitais, liberação
das áreas dos esfíncteres, liberação de PF, equilíbrio pulmonar, liberação do
ligamento vertebropleural, liberação da porção lateral da cervical, liberação
da aponeurose cervical posterior, liberação do diafragma pélvico, liberação da
saída torácica, liberação do diafragma de hioides e técnica de músculo energia
para a primeira costela.
O plano de tratamento foi feito para 2
sessões / semana por 4 semanas. Na consulta a seguir, verificou-se que o
paciente obteve alívio dos sintomas individuais, o método mMRC diminuiu de 3
para 1 e a melhora geral da falta de ar de 13 itens das atividades diárias
(13iSOBDA).
As mudanças em 13iSOBDA e mMRC no final
de cada semana de intervenção (WoI) são exibidas na Tabela. O seguimento para
ver a retenção de melhora no paciente não foi possível porque ele não estava
disponível mais 4 WoI devido a inevitável Circunstâncias no ambulatório de
cuidados intensivos.
O estudo conclui que podemos ter a OMT
como uma opção viável na diminuição dos sintomas da PF no departamento
ambulatorial de cuidados intensivos.
Por
Leonardo Nascimento
Bibliografia
Goyal M, Goyal K, Narkeesh K, Samuel AJ, Arumugam
N, Chatterjee S, Sharma S. Efficacy
of Osteopathic Manipulative Treatment Approach in the Patient with Pulmonary
Fibrosis in Critical Care Outpatient Department.Indian J Crit Care Med. 2017
Jul;21(7):469-472. doi: 10.4103/0972-5229.210648.
Legal isso, hein?
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