Terapia Craniosacral em Transtornos do Espectro do Autismo.

O texto dessa semana visou explorar o uso da Terapia CranioSacral (CST) para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (ASD), a demografia dos participantes e a interpretação retrospectiva das mudanças relatadas relacionadas à intervenção. Um ponto interessante que pode ser considerado um viés importante na interpretação dos dados foi que o estudo utilizou a participação de terapeutas, pais e clientes ou seja, quando esses sabiam que estava sendo realizada uma intervenção alguma melhora tende a ser observada.

Outro ponto interessante desse estudo foi que foram realizadas os recrutamentos e as coletas de dados online dos questionários, esses questionários incluiram perguntas demográficas para entender tanto a extensão do uso clínico quanto as razões para tal tratamento, e as pesquisas foram exclusivas para cada grupo de sujeitos.

Todos os participantes receberam uma lista de verificação de comportamento funcional de 20 itens como um meio para medir sua percepção de mudança atribuída a essa intervenção. Comentários abertos também foram encorajados a explorar perspectivas de seus tratamentos experienciais. Os dados qualitativos coletados foram analisados ​​através da Análise de Conteúdo Indutivo. Os dados foram armazenados no excel e analisados ​​manualmente e independentemente pelos três autores - e esse é um ponto muito positivo para o estudo.

Um total de 405 pessoas responderam aos recrutamentos. Os participantes que completaram inquéritos, tivemos um total de 264 terapeutas e 124 pais. Apenas uma pequena amostra de clientes respondeu. Os dados demográficos dos profissionais que usam CST para ASD, seu nível de treinamento CST e suas qualificações para trabalhar com ASD foram refletidos. Demografia e fontes de referência dos pais, e outros detalhes de suas experiências, foram pesquisados. As alterações percebidas ao uso de CST foram exploradas através da análise de respostas tanto à escala de Likert quanto aos comentários abertos.

Todos os terapeutas eram certificados pelo Upledger International Institute para a aplicação da terapia. E a maior parte dos pacientes era da América do Norte (88%) e os demais da Ásia (3%), Europa (2%), Reino Unido (5%) e Austrália/Nova Zelândia (5%). E na maior parte os questionários foram respondidos pelas mães das crianças num total de 92%.

Um dado interessante encontrado foi que a maior parte dos resultados obtidos foi do terceiro ao quinto atendimento numa periodicidade semanal e após esse período não tivemos tanta melhora nos dados avaliados dos questionários.

Este estudo preliminar introduz o conceito de Terapia CranioSacral como uma opção de tratamento para sintomas associados com ASD que se mostra como uma alternativa ao tratamento de ASD.

Seu uso clínico está disponível há três décadas, mas existem poucos estudos empíricos.

Os resultados da pesquisa sugerem que a CST já está sendo profissionalmente recomendada como tratamento. Este estudo descobriu que havia respostas positivas observadas por todos os grupos direcionados levando os autores a concluir que há uma causa digna para investigar ainda mais como CST benefícios distúrbios do espectro do autismo (ASD).

E vocês leitores, já atenderam pacientes com ASD? Quais foram os resultados?

Bibliografia

Kratz, SV; Kerr, J; Porter, L, 2017. The use of Craniosacral Therapy for Autism Spectrum Disorders: Benefits from the viewpoints of parents, clients, and therapists. J Body Mov Ther 21(1): 19-29



Por Leonardo Nascimento

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INTERDEPENDÊNCIA REGIONAL

Nervo vertebral

Argumentos a favor e contra o movimento da sinostose esfeno-occipital: Promover o debate