Argumentos a favor e contra o movimento da sinostose esfeno-occipital: Promover o debate

Argumentos a favor e contra o movimento da sinostose 
esfeno-occipital: Promover o debate


CRITICAL REVIEW
Arguments for and against movement
at the spheno-occipital synostosis:
Furthering the debate
Richard Starkey
Lytham St Annes, Lancashire, UK
Received 12 March 2013; revised 20 November 2014; accepted 22 December 2014

International Journal of Osteopathic Medicine (2015) 18, 102e115


Fundamentação: A junção entre os ossos esfenóide e occipital ossifica plenamente até os 18 anos, formando a sinostose esfeno-occipital. William Sutherland e a maioria dos autores craniossacrais posteriores sustentam que, em adultos, movimento cranial é, em parte, ativado por movimento da sinostose.

Objetivos: avaliar argumentos a favor e contra o movimento na sinostose e
a medida em que as declarações de autores craniossacral em relação à sinostose
concordar com o entendimento anatômico oficial.

Método: Uma revisão da literatura pertinente, e um exame de um número de adultos
bases cranianos, seções crânio medianos e ossos esfenóide.

Resultados: Dentro da literatura craniossacral, o estudo sobre a junção é
pobre, com os autores, muitas vezes deixando de contar com a compreensão anatômica oficial.
Três casos foram feitos sobre o movimento na junção de adultos:
(1) que move-se porque não ossificam
(2) Ossifica mas, no entanto, continua o movimento e
(3) ossificação impede o movimento contínuo.

Durante 150 anos a anatomia oficial refuta a tese numero (1).

 
Os proponentes da tese (2) argumentam que a preponderância do osso trabecular nos Sinostose e clivus facilita o movimento. No entanto, Cook, que torna o caso mais detalhado para (3), argumenta que a espessura da clívus sugere que é "concebido" não se mover.


Os defensores da (2) não considere este ponto sobre a espessura clivus, mas, pelo contrário, proponentes de (3) geralmente não consideram o ponto em que a maior parte do osso no clivus é trabecular.
 

Conclusão: O debate sobre o movimento na sinostose e clivus progredirá quando os envolvidos explicitamente tratar destes dois pontos importantes.

 Ainda não se sabe ao certo a relação dos movimentos cranianos da sinostose esfeno occiptal.

 Os osteopatas ainda tendem a usar nomenclaturas antigas como sincodrose esfeno basilar, pois a sincondrose funcionaria apenas antes da ossificação dos 18 anos, em média. 
  
De fato, os argumentos a favor e contra a mobilidade todos são muito plausíveis, entretanto, se não ossifica até os 18 anos, há alguma possibilidade de trabalhar a mobilidade até a completa ossificação. Após a ossificação haveria possibilidade de melhorar as tensões ósseas devido esse osso ser trabecular? Segue as dúvidas e o debate, e quais repercussões clínicas isso teria? Devemos aproximar mais os clínicos e os cientistas nesse debate.




Um forte abraço

Bons estudos.

Fellipe Amatuzzi Teixeira, Ft, Msc, D.O., PhD
Fisioterapeuta
Osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid - EOM
Especialista em Osteopatia - UCB/RJ
Member of Scientific European Federation Osteopaths - SEFO
Mestre em Educação Física - UCB/DF
Doutor em Ciências e Tecnologias em Saúde - FCE/UnB

CURRICULUM LATTES 

Prof Fellipe Amatuzzi é osteopata DO pela EOM e professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília
É um interessado em estudos relacionando respostas vasculares e autonômicas frente ao tratamento osteopático e tratamento da dor crônica atuando no grupo de dor crônica do Hospital Universtário de Brasília – HUB/UnB





Comentários

  1. SEB é uma articulação do tipo anfiartose (sincondrose, sinfise e disco intervertabral). Por definição, apresentam movimentos limitados (mas apresentam movimento). Com o desenvolvimento, o tecido pode ser substituído por osso, o que impediria qualquer movimento? Abs.

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  2. Creio que sim leandro, é isso que é questionado no estudo. A partir disso fica a dúvida, o que sentimos quando tratamos a SEB em adultos? um forte abraço, obrigado por escrever.

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