A comparação preliminar de Manipulação de laringe e do Tratamento postural na qualidade de voz em um estudo Prospectivo randomizado Cruzado

A Preliminary Comparison of Laryngeal Manipulation
and Postural Treatment on Voice Quality in a
Prospective Randomized Crossover Study

Elliot J. Kennard, Jacob Lieberman, Arjmand Saaid, and Kerstin J. Rolfe, London, United Kingdom

A comparação preliminar de Manipulação de laringe
e do Tratamento postural na qualidade de voz em um estudo
Prospectivo randomizado Cruzado


Introdução: Este estudo cruzado comparou os efeitos de dois tratamentos: a manipulação osteopática específica da laringe e a terapia manual postural na qualidade de voz e afinação.

Manipulação osteopática específica da laringe

A manipulação osteopática específica da laringe é um tratamento manual de estruturas sob tensão da laringe que pode restringir o movimento. Em consequência, há uma alteração no mecanismo vocal causando função abaixo do esperado. Essa manipulação específica da laringe foi desenvolvido pela primeira vez como uma abordagem no tratamento de distúrbios da voz que ocorrem devido a tensão muscular excessiva exigindo mais esforço nos músculos, voz e articulações. Nisso, incluem-se a articulação temporomandibular e função da mandíbula, o assoalho da boca, o constritor médio tíreo-hióideo, músculos cricotireóideos, e todos os músculos infra-hióideos, que são avaliados e segmentados manualmente usando o protoloco de avaliação da laringe de Lieberman. A hipertonia e aperto muscular são tratados utilizando várias técnicas, e as articulações com amplitude de movimento limitada são articuladas para melhorar função da laringe abaixo do esperado.


Terapia manual postural
A terapia manual postural é um termo cunhado pelos autores deste estudo. Relaciona-se com a manipulação terapêutica das estruturas encontradas para ter uma produção de influência voz. Estes incluem alongamento e massagem do escaleno, esternocleidomastoideo, e os músculos trapézio e articulação da coluna cervical e torácica. A articulação do coluna cervical e torácica ajudou a melhorar a postura, portanto, influenciando o fluxo das vias aéreas e aliviar a tensão nas estruturas vocais. Houve também um efeito secundário na estabilização músculos, incluindo o semiespinhal da cabeça, iliocostal cervical, e o longíssimo da cabeça. A melhora da função vocal pela terapia manual postural seria por meio da postura em vez diretamente nas estruturas vocais.

Métodos. Doze cantores assintomáticos foram medidos acusticamente imediatamente antes e imediatamente depois de cada intervenção utilizando a laringografia. A freqüência fundamental e o quociente de fechamento da glote foram utilizados para determinar qualquer as diferenças entre grupos antes e depois das intervenções.
A sequência de terapias foi randomizada e houve um washout de 6 semanas entre as intervenções.
Cada procedimento durou 30 minutos e antes e depois foram feitos o teste com os voluntários falando: `Arthur the rat´, comumente utilizado na língua inglesa para estes testes.






Fonte das imagens: http://completevocalinstitute.com/research/laryngograph/


Resultados. A frequência fundamental apresentaram uma variação estatisticamente significativa pré e após ambas as intervenções (combinado [P = 0,007] e Terapia postural e Osteopática  individualmente (p = 0,0143, p = 0,018, respectivamente). Embora o benefício demonstrado usando Osteopatia foi maior do que com a terapia postural (2,4, 2,02, respectivamente). Apesar de maior, após a correção estatística de Bonferroni não houve diferença entre os dois grupos. Não houve qualquer alteração estatisticamente significativa do quociente de fechamento da glote para qualquer intervenção ou a qualquer momento (X2 =  2.3; df =  3; P = 0.52).

Conclusão. Este estudo piloto fornece evidências do benefício tanto para Osteopatia quanto terapia manual postural em cantores. Uma diferença significativa foi encontrada na qualidade de voz dos participantes envolvidos em ambos os tratamentos. Estes resultados podem definir o caminho para estudos de maior escala para avaliar as interações de grupo e benefícios potenciais em pacientes sintomáticos.

Um forte abraço

Bons estudos.

Fellipe Amatuzzi Teixeira, Ft, Msc, D.O., PhD
Fisioterapeuta
Osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid - EOM
Especialista em Osteopatia - UCB/RJ
Member of Scientific European Federation Osteopaths - SEFO
Mestre em Educação Física - UCB/DF
Doutor em Ciências e Tecnologias em Saúde - FCE/UnB

CURRICULUM LATTES 

Prof Fellipe Amatuzzi é osteopata DO pela EOM e professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília
É um interessado em estudos relacionando respostas vasculares e autonômicas frente ao tratamento osteopático e tratamento da dor crônica atuando no grupo de dor crônica do Hospital Universtário de Brasília – HUB/UnB




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