A manipulação da segunda e terceira costelas podem ajudar nas dores do ombro?

CHANGES IN SHOULDER PAIN AND DISABILITY AFTER THRUST MANIPULATION IN SUBJECTS PRESENTING WITH SECOND AND THIRD
RIB SYNDROME
James Dunning, DPT, MSc,a Firas Mourad, PT, OMT, Cert. SMT,b Giuseppe Giovannico, PT, MSc, OMT,c Filippo Maselli, PT, MSc, OMT,d Thomas Perreault, DPT, Cert. SMT, Cert. DN,e and
César Fernández-de-las-Peñas, PT, DO, PhD, DMScf
a PhD Student, College of Health Care Sciences, Nova Southeastern University, Ft. Lauderdale, FL.
b PhD Student, Department of Physical Therapy, Universidad Rey Juan Carlos, Alcorcòn, Madrid, Spain.
c Lecturer, Department of Physiotherapy, Università di Padova, Padova, Italy.
d Lecturer, Department of Physiotherapy, Università di Genova, Genova, Italy.
e Senior Physical Therapist, Portsmouth Physical Therapy, Portsmouth, NH.
f Professor, Department of Physical Therapy, Occupational Therapy, Rehabilitation and Physical Medicine, Universidad Rey Juan Carlos, Alcorcòn, Madrid, Spain.
Submit requests for reprints to: James Dunning, DPT, MSc, FAAOMPT, 1036 Old Breckenridge Ln, Montgomery, AL 36117. (e-mail: jamesdunning@hotmail.com).
Paper submitted June 2, 2014; in revised form March 26, 2015; accepted April 30, 2015.
0161-4754
Copyright © 2015 by National University of Health Sciences. http://dx.doi.org/10.1016/j.jmpt.2015.06.008

Objetivo: O objetivo deste estudo preliminar foi investigar mudanças no dor do ombro, incapacidade e nível de recuperação após 2 sessões de manipulação da coluna torácica superior e costela superior em pacientes com dor no ombro secundária a síndrome de segunda e terceira costela.

Métodos: Neste estudo exploratório foram avaliados 10 indivíduos consecutivos com dor no ombro, com ou sem dor braquial, e teste negativo de Neer. Foram usados algumas escalas tais como a Disability Index (SPADI), a escala de classificação numérica de dor (ECND). Os pacientes receberam 2 sessões de manipulação visando a coluna torácica superior bilateral e as segunda e terceira costelas do lado sintomático. As medidas adotadas foram concluídas após a primeira sessão de tratamento, às 48 horas, 1 mês e 3 meses após tratamento.

Resultados: Os pacientes apresentaram uma diminuição significativa no SPADI (F = 59,997; P = 0,001) e diminuição significativa no ECND no ombro de repouso (F = 63,439; P = 0,001). Para tanto ECND e SPADI, houve diferenças significativas entre os escores pré-tratamento e cada um dos escores pos intervenção e um follow-up de 3 meses (p<0,05).

Conclusão: Este grupo de pacientes com dor no ombro secundária a síndrome de segunda e terceira costela que receberam manipulações torácicas e superiores superiores axiais costela HVLA mostraram reduções significativas na dor e incapacidade e melhora na percepção do nível de recuperação.

(J Physiol Ther manipul 2015; xx: 1-13)

O estudo ainda é um piloto e com resultados preliminares. Não demonstra grupo placebo ou sham para confronto dos dados ao acaso. Porém é um estudo que nos leva a algo muito comentando na prática osteopática, que as dores de ombro, salvo traumas diretos e o autor exlcui isso com o teste de neer negative como critério de inclusão, tem mutias influências de outras regiões, no caso do artigo coluna torácica alta e costelas do lado sintomático.


Manipulação da costela da costotransversa

Manipulação da Torácica Alta 

Melhora da escala de dor

Melhora na escala de disfunção SPADI



Seguimos com algumas partes da discussão:

Este estudo encontrou uma redução de 61,5% em repouso dor na cintura escapular imediatamente após uma única sessão de manipulação para a coluna torácica superior e costelas superiores. Da mesma forma, em um estudo observacional de 21 pacientes com dor no ombro e imediatamente após uma única sessão de "manipulação na parte superior da coluna torácica e / ou costelas", Strunce e cols.7 relataram uma redução de 51% em repouso da intensidade de dor.


De acordo com as conclusões do estudo realizado por Winters et al que compararam a fisioterapia (exercício, massagem e modalidades físicas duas vezes por semana), manipulação (até 6 sessões de mobilização sem thrust e / ou manipulação da coluna cervical, coluna torácica superior , costelas superiores, articulação acromioclavicular e glenoumeral conjuntas), e injeções de corticóide (1-3 sessões de injeção de mais de 3 semanas dirigidos para o espaço subacromial, gleno- cápsula articular do úmero, e / ou articulação acromioclavicular), em dois grupos de pacientes, um com dores na cintura escapular e outro denominado sinovial, a manipulação foi superior (p< 0,001) à fisioterapia no grupo cintura escapular. Mais especificamente, 5 semanas após a randomização, 70% dos pacientes no grupo de manipulação se consideravam "curados", em comparação com 10% do grupo de fisioterapia. Em contraste, para os pacientes no grupo de "sinovial" e 5 semanas após a randomização, 75% dos pacientes no grupo de injecção (número médio de injecções foi de 1,8) relataram ser curada em comparação com 20% no grupo de fisioterapia e de 40% no grupo de manipulação. De acordo com os resultados do presente série de casos, Winters et al24 concluíram ", para o tratamento de distúrbios cintura escapular, a manipulação parece ser o tratamento preferencial. Para os distúrbios sinoviais, injeção de corticóide parece o melhor tratamento".

 O take home:



Um forte abraço

Bons estudos.

Fellipe Amatuzzi Teixeira, Ft, Msc, D.O.
Fisioterapeuta
Osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid - EOM
Especialista em Osteopatia - UCB/RJ
Member of Scientific European Federation Osteopaths - SEFO
Mestre em Educação Física - UCB/DF
Doutorando em Ciências e Tecnologias em Saúde - FCE/UnB

CURRICULUM LATTES 

Prof Fellipe Amatuzzi é osteopata DO pela EOM e professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília
É um interessado em estudos relacionando respostas vasculares e autonômicas frente ao tratamento osteopático e tratamento da dor crônica atuando no grupo de dor crônica do Hospital Universtário de Brasília – HUB/UnB

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