Como utilizar referências anatômicas para guiar a palpação diagnóstica da coluna lombar?
Post baseado no artigo - J Anat. 2007 Feb;210(2):232-6.
Which spinal levels are identified by palpation of the iliac crests and the posterior superior iliac spines?
Chakraverty R 1, Pynsent P, Isaacs K
Author information
1Royal Orthopaedic Hospital, Birmingham, UK. rob.chakraverty@virgin.net
Muitos pontos anatômicos de referência são utilizados como guias para a prática clínica e a elaboração do diagnóstico em Osteopatia.
O artigo faz uma relação entre uma referência muito comum que são os níveis vertebrais que estão na altura das cristas ilíacas e das espinhas ilíacas póstero superiores.
Normalmente, utilizamos a referências das cristas para os níveis de L4 ou L4-L5 e as EIPS para os níveis de S2 porém, isso acontece da mesma maneira para todos os indivíduos?
No estudo foram utilizados 75 pacientes (49 mulheres) e foram mensuradas as referências anatômicas por uma metodologia própria e validada, com imagens e marcadores.
Os resultados mostraram que quando se trata de cristas ilíacas 86,7% dos pacientes estão na altura de L4 ou L4-L5, 12% em L5 e em 1,3% na altura de L3. Uma correlação encontrada com as alterações (L5 e L3) foram em indivíduos com maior índice de massa corporal, tanto homens quanto mulheres.
Os resultados para as EIPS (60 pacientes - 45 mulheres) foi que em 51% dos pacientes estava na altura de S2 e em 44% estava na altura de S1.
A Osteopatia é baseada em anatomia e a palpação é a base do diagnóstico logo, se nos guiarmos pelas referências teóricas fatalmente teremos erros grandes na localização das referências anatômicas na pelve e na coluna lombar.
O estudo foi realizado por anatomistas e não foi levado em consideração possíveis disfunções e alterações de mobilidade porém, os achados são importantes. Os autores ressaltam que as referências anatômicas devem ser consideradas e não são verdades absolutas.
A conclusão que podemos ter é que a referência anatômica deve ser comprovada com a capacidade palmatória.
E você, quais são suas referencias para o diagnóstico palratório da coluna lombar?
Artigo disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17261142
Leonardo Nascimento, Ft Msc ETM DO
Fisioterapeuta pela UNICID/SP
Pós graduado em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela UNICID/SP
Especialista em Terapia Manual e Postural pela Cesumar/PR
Especialista em Osteopatia pela Universidade Castelo Branco/RJ
Osteopata Certificado pela Escola de Madrid
Mestre e Doutorando em Ciências da Reabilitação - USP
Diplomado em Osteopatia pela SEFO (Scientific European Federation Osteopaths)
É um estudioso da área de palpação e sensibilidade manual tátil no Laboratório de Fisioterapia e Comportamento na Universidade de São Paulo - USP
É interessado na área de diagnóstico em Osteopatia e Terapias Manuais e na validação da palpação como ferramenta diagnóstica
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