POST BASEADO NO ARTIGO:
The suitability of sham treatments for use as placebo controls in trials of spinal manipulative therapy: A pilot study

AUTORES:
Hannah Lougee, M.Ost, BSc (Hons), D.O, N.D a, Ross G. Johnston, MSc, BSc (Hons) Ost Med, D.O b, Oliver P. Thomson, MSc, BSc (Hons) Ost Med, D.O a,c,*
a Research Department, The British College of Osteopathic Medicine, London, United Kingdom b Department of Inter-professional Studies, Swansea University, Wales, United Kingdom c The Department of Sport and Health Sciences, Oxford Brookes University, Oxford, United Kingdom

Journal of Bodywork & Movement Therapies (2013) 17,59-68

     

QUAL O MELHOR TIPO DE PLACEBO NOS ESTUDOS EM MANIPULAÇÃO VERTEBRAL?

CONTEXTUALIZAÇÃO

Placebo tem sido descrito como um conceito maleta, envolvendo o uso de um único termo para descrever um conjunto de fenômenos bastante díspares, comum a todas as intervenções médicaa. Estes incluem a história natural da doença; expectativas e crenças; sugestionabilidade ou persuasão; interação paciente praticante; condicionado; razões para a procura de cuidados médicos e o ambiente de cura.

Com a prática de terapia manual profissional cada vez mais sendo incentivados a ser informado por evidências de pesquisa, ao invés de crença e opinião sozinho, há uma pressão para profissionais de terapia manual (MT) para incorporar ensaios clínicos randomizados (ECR), o "padrão ouro" de pesquisa clínica moderna, para a exploração da eficácia das intervenções utilizadas em sua prática clínica. A execução dos tratamentos placebo-controlado bem desenhados em ECR metodicamente rigoroso é fundamental para identificação de efeitos terapêuticos específicos. No entanto, Hancock et ai. (2006) destacam as dificuldades encontradas no desenvolvimento de tratamentos MT sham apropriadas. 

Nove de cada dez formas de se fazer placebo são consideradas em ter um componente ativo de terapia, ou quando não tem um componente ativo, esta não é entendida pelo paciente como uma terapêutica em que ele possa acreditar que vá trazer algum benefício, o que é essencial para o EFEITO placebo.

A tabela 1 do estudo mostra os diferentes tipos de placebo em estudos de manipulação da coluna vertebral e seus respectivos autores



ESTUDO DESENVOLVIDO

10 sujeitos assintomáticos estudantes de osteopatia da British School of Osteopathy receberam 4 tipos de intervenção

Para o estudo, os autores fizeram medidas usando o algometro em dois pontos distintos do corpo para verificar se os procedimentos poderiam causar alguma diferença
os pontos foram:
1 - musculatura paravertebral
2 - calcâneo

e realizaram 4 intervenções distintas:

1 - manipulação da dobradiça cervico-torácica em posição prono
2 - ultra-som terapêutico desligado (SHAM)
3 - Técnica funcional de SHAM, sem a intenção do tratamento
4 - Sem intervenção, apenas acompanhando durante um tempo.





após isso, foram feitas 4 perguntas de um questionário validado de dor cervical na qual ele tinha que responder conforme a tabela abaixo:


Será considerado o melhor PLACEBO, aquele que não alterar significativamente o valor da algometria e aquele que os pacientes apontarem como a terapêutica
que parece mais ajudar no seu tratamento





Após as análises estatísticas (ANOVA) foi verificado que para cada uma das quatro demonstrações, as respostas ao tratamento de MANIPULAÇÃO  foram significativamente diferentes das dos outros tratamentos. Da mesma forma, o ULTRA-SOM também induziu significativamente diferentes respostas, em comparação com o TOQUE LEVE e NÃO FAZER NADA. 

Além disso, as comparações post hoc entre MANIPULAÇÃO e ULTRA-SOM revelou uma diferença significativa apenas na resposta à pergunta 3 (tabela 3), com a MANIPULAÇÃO considerada mais positiva. 

Aliado ao fato de que o ULTRA-SOM não induziu qualquer alteração significativa na algometria, parece que o ULTRA-SOM pode ser um PLACEBO MAIS adequado para uso em futuros ensaios de MT na coluna cervical. 

PORTANTO

ESTE estudo ajuda a entender como fazer um ensaio clínico de forma mais acertada, pois sempre há uma grande dificuldade em como fazer os placebos ou SHAM´s de 
forma que este simule ou que o paciente tenha a percepção que isso pode fazer bem para o seu tratamento.

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Fellipe Amatuzzi Teixeira, Ft, Msc, D.O.
Professor da Universidade de Brasília - UnB
Professor da Escuela de Osteopatia de Madrid - EOM
Doutorando em Ciências e Tecnologias em Saúde - UnB FCE

Prof Fellipe Amatuzzi é professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília - UnB e  osteopata DO pela Escuela de Osteopatia de Madrid - EOM.
É um interessado em estudos relacionando a Osteopatia e o Sistema Nervoso Autonômico por meio da Variabilidade da Frequência Cardíaca.


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